Quem somos

Proposta de tratamento

A expressão “comunidade terapêutica” conota uma comunidade capaz de remediar, reataurar ou curar. Mas essa distinção profunda

Um método se refere às atividades e estratégias, aos materiais, procedimentos e técnicas empregados para atingir um fim desejado. Na CT, o fim primordial é manter a plena participação do indivíduo na comunidade, de modo que ele ou ela possam alcançar as metas sociais e psicológicas de mudança de estilo de vida e de identidade. A participação leva à inferência de que o indivíduo se envolve com, e aprende a usar, todos os elementos da comunidade como instrumentos da automudança. Ainda que indiretamente, a particpação é a mais abrangente medida da mudança individual. Assim, comunidade como método significa que os próprios membros estabelecem expectativas ou padrões de participação na comunidade e de uso desta. A participação avalia o grau de atendimento dessas expectativas pelos indivíduos e responde a eles por meio de estratégias que promovem a participação continuada.

A comunidade como método se traduz em ensinar os indivíduos a usar o contexto da vida comunitárias para aprender sobre si mesmos. O contexto da vida comunitária é organizado para produzir mudanças terapêuticas e educacionais nos participantes individuais, e todos os participantes são mediadores dessas mudanças.

A Comunidade Terapêutica - teoria, modelo e método
George De Leon, Ph.D.

A SERVOS mantém duas Comunidades Terapêuticas, sendo uma Unidade Masculina, localizada na cidade-satélite Recanto das Emas, e uma Unidade Feminina, que se localiza em Ceilândia, no Distrito Federal.

Adota como sistemática de tratamento um período de internato de nove meses, subdividido em três etapas distintas, e estabelece como critério de alta a conclusão das seguintes etapas:

ADAPTAÇÃO – Período do 1º ao 3º mês:

Adaptação e integração do indivíduo, com o objetivo principal de desintoxicação por intermédio da Laborterapia (trabalho no campo). Posteriormente serão trabalhados os sentimentos, atitudes e o comportamento, utilizando das habilidades pessoais para superar as obrigações, as tarefas. A modificação do estilo de vida é prioridade. Visa a restabelecer no indivíduo o equilíbrio, a certeza de que é capaz, a crença na recuperação, na mudança interior e na convicção de que é agradável, saudável viver em comunidade.

 

FORMAÇÃO – Período do 4º ao 6º mês:

O residente, adaptado e integrado à Comunidade, vivencia a troca de experiências com os demais membros, com objetivo de avaliar uma proposta de vida sem drogas. O residente compromete-se com a comunidade e passa a viver para a comunidade. Submete-se conscientemente a uma aprendizagem: erra, acerta e experimenta as consequências desse comprometimento; vivencia e busca um comportamento positivo com todos os participantes do grupo. Essa transição é a parte mais importante do processo terapêutico. É nesse período que fica claro, em palavras, comportamento e atitudes, o compromisso pessoal com a reintegração social saudável. O residente realiza um amplo inventário moral de sua conduta anterior à internação, propõe-se a reparar os erros cometidos e percebe com clareza a inutilidade da vida associada às drogas lícitas e ilícitas.

A partir do sexto mês ocorre a primeira saída mensal do residente para o âmbito familiar, por três dias, fato que se repete até o oitavo mês. Essa é a maneira de testar o comportamento fora da Comunidade Terapêutica, bem como testar a reação dos familiares com o retorno do ente querido ao lar.

 

CONCLUSÃO – Período do 7º ao 9º mês:

Em consequência da prática, da vivência e da avaliação, experimentadas nos períodos anteriores, o residente exercita, com mais propriedade, os métodos e os ensinamentos adquiridos na sua caminhada. Enfatiza-se nesta etapa a correção do caráter, indispensável à sua recuperação e ressocialização. O residente mantém seu estado de abstenção das drogas, submete-se com serenidade à disciplina e à moral cristã. A sobriedade é crescente e acentuada.